Templo de Antonino e Faustina

Por Marcelo Albuquerque

O Templo hexastilo de Antonino e Faustina, na Via Sacra do Fórum Romano, ainda conserva as colunatas e parte de seu entablamento original. Foi transformado na igreja de San Lorenzo in Miranda, por volta do século VII, o que acabou por ajudar a preservá-lo. Acredita-se que São Lorenzo tenha sido martirizado nesse local. O templo foi construído em 141 pelo imperador Antonino Pio e era inicialmente dedicado à sua falecida e deificada esposa, Faustina. Antonino foi deificado depois de morrer em 161, e o templo foi rededicado ao casal por Marco Aurélio. A igreja foi reconstruída no estilo barroco em 1602, com projeto de Orazio Torriani, ocupando a cella do templo.

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Templo de Antonino e Faustina, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Arco de Constantino

Por Marcelo Albuquerque

O Arco de Constantino localiza-se ao lado do Coliseu, que proporciona uma de suas melhores vistas, entre o Palatino e o Célio, na antiga rota triunfal. O arco foi dedicado pelo Senado em homenagem à vitória de Constantino sobre Maxêncio na Batalha de Ponte Mílvia, em 312, e inaugurado em 315. No momento de sua construção, Constantino ainda não havia declarado a liberdade de culto no império, que ocorreria em 313, com o Edito de Milão, beneficiando especialmente os cristãos. Apesar da tradição hagiográfica da aparição da Cruz ter ocorrido durante a Batalha da Ponte Mílvia, não se encontram representações cristãs em seu arco. O Concílio de Nicéia, que oficializa a aproximação do imperador ao catolicismo, ocorrerá em 325.

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Arco de Constantino, Roma. Fachada norte. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

Os relevos do arco apresentam cenas de sacrifício a vários deuses pagãos e bustos de deuses, outrora retirados de outros monumentos e reassentados no novo arco dedicado ao imperador. Entre os relevos recolocados estão peças de um monumento do tempo de Marco Aurélio, e existe a hipótese de que sua estrutura foi iniciada ainda nos tempos de Adriano e depois reformada na era de Constantino, inserindo frisos da época de Trajano nas paredes internas da passagem central, bem como a execução de relevos na era constantiniana. Conforme a tradição iconográfica, assim como no Arco de Sétimo Severo, um lado do arco apresenta o tema da paz, enquanto o outro apresenta o tema da guerra.

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Arco de Constantino, fachada sul. Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

Assim como o Arco de Sétimo Severo, o Arco de Constantino possui três arcos, um maior ladeado de dois menores, porém não se comunicam entre si sob as abóbadas. Da mesma forma, possui colunas independentes apoiadas em altos pedestais, bem como a repetição de alegorias, como as Vitórias aladas nos tímpanos dos arcos centrais. Foram inseridas as cornijas salientes acima das colunas na era constantiniana. As esculturas de corpo inteiro, em pedestais sobre as colunas, datam da época de Trajano. Os relevos, reutilizados de outros monumentos de outros imperadores, recordam as figuras dos “bons imperadores” do segundo século – Trajano, Adriano e Marco Aurélio – assimilados à figura de Constantino para fins de propaganda política.

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Arco de Constantino, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Rome Reborn, projeto de Bernie Frischer

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Arco de Septímio Severo

Por Marcelo Albuquerque

Do império de Sétimo Severo, destaca-se o Arco de Sétimo Severo, no Fórum Romano. O arco, do ano 203, é ricamente ornamentado, com colunas independentes nas fachadas. Possui um grande arco central ladeado por dois menores. Os arcos laterais se comunicam com o arco central através de outras duas passagens arqueadas. Foi concebido para celebrar suas vitórias junto aos seus filhos Geta e Caracala sobre os Partas, na Mesopotâmia e Pérsia, entre 195 e 198. As composições dos painéis remetem à Coluna de Trajano, no que se refere à narrativa de conquistas militares, além das alegorias imperiais dos rios da Terra, das estações do ano e das Vitórias aladas.  É o arco romano mais antigo a possuir colunas livres nas fachadas, diferentemente do Arco de Tito, que possui meias-colunas agregas à fachada. Como de costume, acima do ático haviam os grupos de carros e estátuas de bronze imperiais. Conforme a tradição iconográfica, um lado do arco apresenta o tema da paz, enquanto o outro apresenta o tema da guerra.

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Arco de Sétimo Severo, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Fachada leste Arco de Sétimo Severo, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Painéis do Arco de Sétimo Severo, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Chave de arco, Vitórias e arcada do Arco de Sétimo Severo, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Detalhe do capitel compósito e painéis do Arco de Sétimo Severo, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Arco de Tito

Por Marcelo Albuquerque

Saindo do Coliseu em direção ao Fórum Romano, encontra-se o Arco de Tito, construído em 81 d.C. pelo imperador Domiciano. Como vimos anteriormente, um arco de triunfo é uma estrutura monumental, com um ou mais arcos, para celebrar um importante evento relacionado a conquistas políticas, cívicas e militares. O arco comemora a conquista de Jerusalém pelo irmão de Domiciano, Tito, em 79 d.C. A conquista de Jerusalém resultou na destruição do Templo de Salomão, restando apenas os alicerces, conhecidos como o famoso Muro das Lamentações. Outra consequência da conquista foi a Diáspora dos Judeus, momento em que a nação judia se espalha pelo Ocidente e perde definitivamente o poder sobre a Terra Santa, até a criação do Estado de Israel, em 1948. A Via Sacra do Fórum Romano passa sob o Arco de Tito e se estende por todo o monumental fórum. A estrutura consiste em dois grandes pilares ligados por um arco, coroado com ático, que possui inscrições cívicas comemorativas, e no topo havia uma quadriga em triunfo. É decorado com frisos em relevos esculpidos e dedicatórias. Suas meias-colunas compósitas movimentam a fachada da estrutura.

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Arco de Tito, 81 d.C., Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

Durante o século XIX as feições originais do Arco de Tito foram sendo restabelecidas e restauradas. Entre os elementos ornamentais, destacam-se a pedra da chave do arco, ou pedra angular, em forma de voluta, duas Vitórias aladas nos tímpanos do arco, a cornija ricamente adornada com mísulas e dentículos e os caixotões em relevo da abóbada. No centro da abóbada encontra-se um relevo com a apoteose de Tito. O ático do arco foi originalmente coroado provavelmente com uma quadriga dourada, e encontra-se a inscrição:

SENATVS

POPVLVSQVE · ROMANVS
DIVO · TITO · DIVI · VESPASIANI · F (ILIO)

VESPASIANO · AVGVSTO

(O Senado e o povo romano ao Divino Tito Vespasiano, filho do Divino Vespasiano)

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Arco de Tito, 81 d.C., Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Arco de Tito, 81 d.C., Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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Frisos internos do Arco de Tito, 81 d.C., Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

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