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Por Marcelo Albuquerque
Adriano, cujo governo se estendeu de 117 a 138, pode ser considerado um dos maiores construtores dentre os imperadores. Supõe-se que o próprio tenha projetado o Panteão, construído entre 118 a 128, ou por Apolodoro de Damasco. Construído por Adriano, no lugar de outro templo construído pelo cônsul Marco Agripa, o Panteão é o edifício romano mais bem preservado tanto na estrutura quanto nos revestimentos e ornamentos. Isso se explica em parte por ter sido usado como basílica católica pelo Papa Bonifácio em 609, sob o nome de Santa Maria e Mártires, ajudando consideravelmente na manutenção do edifício, evitando sua descaracterização. Entretanto, muitos elementos originais se perderam, como as antigas esculturas e elementos de bronze do pórtico. No entablamento, abaixo do frontão, lê-se a inscrição M·AGRIPPA·L·F·COS·TERTIVM·FECIT, que significa Marco Agripa, filho de Lúcio, construiu durante o seu terceiro consulado. Seus interiores apresentam o uso do concreto decorado, com revestimentos e ornamentação em mármores coloridos nobres, substituindo o uso de afrescos e mosaicos de estilos de pintura anteriores. O Panteão acolhe, no seu interior, a forma de uma esfera perfeita de aproximadamente 43 metros de diâmetro, do piso ao óculo.

Panteão de Roma e a Piazza della Rotonda, com o obelisco egípcio Maculeo. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

Inscrição M·AGRIPPA·L·F·COS·TERTIVM·FECIT, no pórtico do Panteão. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
O nome Panteão é derivado do grego antigo Pantheion, comum a todos os deuses. Entretanto, não se sabe ao certo quais eram as divindades ou personalidades cultuadas no Panteão nos tempos antigos, sendo provável o culto aos deuses planetas, como Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Como veremos mais adiante, é um dos edifícios mais influentes da história, sendo imitado, reproduzido e homenageado em diversas épocas, do Renascimento aos tempos modernos, como na arquitetura maneirista de Palladio e na igreja de Sainte-Geneviève, em Paris, desconsagrada e transformada em monumento secular, durante a Revolução Francesa, sendo rebatizada de Panteão de Paris. O termo panteão tem sido aplicado a outros prédios onde os mortos ilustres são honrados ou enterrados, como ocorre em Ouro Preto, no Museu da Inconfidência, local dos restos mortais de alguns inconfidentes mineiros.

Interior do Panteão de Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
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Muito bom conteúdo, parabéns e obrigado!
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