Por Marcelo Albuquerque
Josef Albers ingressou com aluno na Bauhaus em 1920 e tornou-se professor em 1925 do Vorkus (Vorlehre). Ficou na Bauhaus até o seu fechamento pelos nazistas em 1933, imigrando a seguir para os Estados Unidos, onde desenvolveu seus importantes estudos pedagógicos da cor. No seu livro A Interação da Cor, influenciou decisivamente a pedagogia da cor contemporânea e movimentos artísticos como o Minimalismo e a Op Art. A Interação da Cor está relacionada às misturas óticas, aos contrastes simultâneos e à percepção; na verdade, os fenômenos relativos da cor e suas interações são explicados pela psicologia da percepção e fundamentam diversos processos científicos e técnicos de obtenção de cores. Albers direciona os estudos para o estudante de arte estar atento à aplicação desses princípios na arte, na arquitetura, na tecelagem, no projeto de interiores e na produção visual e gráfica para a mídia impressa em todos os níveis tecnológicos. Em seu método, buscava despertar o interesse do aluno pela experimentação prática, autoconhecimento do gosto estético e por exercícios que propõem desdobramentos de modelos pré-existentes, mas que se renovam a cada execução de acordo com as novas percepções trazidas por novos alunos. Seus princípios pedagógicos eram[1]:
- Na percepção visual, quase nunca se vê a cor como ela é fisicamente;
- A cor é o meio mais relativo dentre outros empregados na arte;
- É preciso reconhecer que a cor sempre engana;
- Uma cor evoca inúmeras leituras;
- Uma cor deve ser analisada por contraste e comparação a outra;
- A prática precede a teoria;
- O fato físico não é coerente com o efeito psíquico;
- Os exercícios são explicados e ilustrados para não sugerir a resposta, mas uma forma de estudar e reinventar o mesmo princípio;
- Seu estudo não se refere aos pigmentos e corantes (análise anatômica e física), mas na interação perceptiva.
Excelente trabalho!
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