
Por Marcelo Albuquerque
As basílicas surgem em Roma, influenciadas por estruturas helenísticas dos centros administrativos, como as stoas das ágoras gregas, e foram modelos para as plantas basilicais das grandes catedrais da Idade Média. Não se destinavam a cultos religiosos. Acolhiam grandes salões, bibliotecas e um grande número de pessoas. Suas funções eram majoritariamente judiciais, funcionando como tribunais para várias instancias, mas também para às questões comerciais, civis e de entretenimento da Roma Antiga. Eram constituídas de grandes salões retangulares, com divisões internas de colunatas, muitas delas arcadas, formando uma grande nave central e duas ou mais naves laterais. Na cabeceira, localizava-se, em geral, uma abside, estrutura em forma de meio cilindro coberto com uma meia abóbada. Podia acolher a figura do imperador, como a estátua colossal de Constantino, acervo dos Museus Capitolinos (ver Basílica de Constantino). O catolicismo adotará a abside como elemento funcional e simbólico, sendo por excelência a localização próxima do altar medieval. Suas naves laterais podiam conter exedras, estruturas semelhantes em forma à abside.

Marcelo Albuquerque: Basílica Julia. Desenho a partir de modelo 3D de L.VII.C. Nanquim e caneta marcador, 21 x 29 cm, 2018.

Basílica Júlia, Fórum Romano. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.

Embasamento e fragmento de uma semi-coluna dórica adossada em uma pilastra da Basílica Júlia, reconstruída a partir de fragmentos originais. Fórum Romano. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
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