Bronze etrusco
Por Marcelo Albuquerque
O bronze era um dos materiais preferidos para a confecção de diversos objetos e figuras, sejam eles utilitários, religiosos ou decorativos. Como dominavam com maestria a arte da metalurgia, os etruscos atingiram um alto nível de sofisticação técnica e estética tornando-os conhecidos em todo o Mediterrâneo e no norte. Utilizaram técnicas como a cera perdida, cinzelamento, incisão e laminação. Foram capazes de agregar outros metais ao bronze, como ouro, cobre e prata. O retrato de Bruto Capitolino é, ao lado da Loba Capitolina[1], sem dúvida, um dos maiores exemplos da capacidade escultórica etrusca. No Museu de Villa Giulia destacam-se os castiçais, tripés, espelhos e estatuetas.
Busto de Brutus Capitolino. 300-275 a.C. Bronze, 69 cm. Museus Capitolinos, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
Loba Capitolina. Bronze. Museus Capitolinos, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
Castiçais e tripé de bronze. Museu Nacional de Villa Giulia, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
Cista Ficoroni, de Palestrina, com figuras dos Argonautas. Bronze. Museu Nacional de Villa Giulia, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
Estas pequenas estatuetas representam deuses diversos, atletas e guerreiros, não sendo difícil encontrar na região da atual Toscana artesanatos finos que reproduzem essas belas peças.
Estatuetas de bronze. Museu Nacional de Villa Giulia, Roma. Foto: Marcelo Albuquerque, 2015.
[1] Existem dúvidas sobre a origem da Loba Capitolina, porém a tradição a atribui a Vulca de Veios. Rômulo e Remo foram adicionados posteriormente, durante o Renascimento.